Gisele “Tenho uma boa e uma má notícia para te dar. A má é que você tem um problema de saúde que ainda não tem cura. Mas a boa notícia é que existe um bom tratamento e se você se cuidar pode ter uma vida saudável.” Foi isso que eu disse a um amigo recentemente que descobriu que tem a doença de Crohn.

Eu descobri que tinha a doença aos 18 anos de idade, hoje aos 31, sei bem que conviver com uma doença crônica pode não ser muito simples, mas é possível ser feliz mesmo com um problema desses.

Logo aos 18 anos eu tive uma crise forte, durante um ano tive diarreias constantes. Depois tive uma remissão da doença, durante 7 anos eu fazia um acompanhamento médico de rotina, mas realmente não sentia nenhum sintoma da doença. Houve momentos em que eu pensava que ficaria bem para sempre. Mas infelizmente, eu passei a ter crises. E a partir daí, eu senti mais de perto o que significa ter a doença de Crohn.

gisele capaGraças a Deus nesse período crítico, eu fui encaminhada para um hospital onde passo até hoje. Com o tratamento que fiz com o médico eu me recuperei e hoje tenho uma vida normal. Eu trabalho, tenho amigos, gosto de ir à praia, faço trabalhos voluntários e meu principal hobby é a dança (aliás, a dança já me ajudou muito com a minha saúde).

Hoje em dia estou mais consciente que preciso cuidar de mim e das minhas necessidades físicas, emocionais e espirituais. Por isso me esforço muito para ter uma boa alimentação, procuro paz em todos os meus relacionamentos e procuro atividades em que eu me sinta mais perto de Deus.

O lado positivo de ter a doença foi que eu me tornei uma pessoa muito mais paciente em tudo, aprendi que se eu não tiver paciência posso ficar doente com mais facilidade e procuro ser mais compreensiva com as pessoas que eu amo. Sendo bem sincera, dias ruins são inevitáveis, porém eles podem passar e os dias bons voltam. Vale muito a pena ter paciência por que até o pior dia da sua vida só vai durar 24horas.


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