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1. O que significa estoma intestinal?
A palavra “estoma” tem origem grega e exprime a ideia de “boca” (abertura). O estoma é um procedimento cirúrgico em que é realizada uma abertura no abdome e exteriorizado um segmento da alça intestinal, por onde o conteúdo dos intestinos será expelido e coletado para uma bolsa externa.

2. Quais são as indicações para a realização dos estomas intestinais?
São vários os motivos, mas em geral, as estomias são indicadas no intuito de se desviar o trânsito fecal ou urinário do local patologicamente comprometido. As principais indicações operatórias são: má formação congênita do intestino, tumores intestinais, doença inflamatória intestinal, traumas abdominais, entre outras.

3. Qual a diferença entre ileostomia e colostomia?
A diferença é anatômica, quando realizamos a exteriorização do íleo terminal ( Intestino delgado ), denominamos ileostomia, quando exteriorizamos qualquer segmento do cólon, denominamos colostomia.

4. Qual é a diferença entre estomia temporária e a permanente?
As estomias temporárias como o próprio nome já sugere, têm a possibilidade de reversão. Podemos indicar a reconstrução do trânsito intestinal ou fechamento de estomia dependendo da tática cirúrgica anteriormente realizada. As estomias permanentes são as estomias confeccionadas de maneira definitiva, sem possibilidade de reversão. Existem várias indicações, mas a principal delas é o tumor de reto próximo ao ânus (amputação do reto).

5. Quanto tempo se espera para a cirurgia de reversão nas estomias temporárias e por quê?
O intervalo de tempo para a reversão das estomias varia de 1 a 4 meses e depende da região da cirurgia, do diagnóstico primário, da recuperação e condições clínicas do paciente, e também, da certeza do sucesso no tratamento da área anteriormente comprometida.

6. Quais são as principais complicações das estomias?
As complicações na confecção das estomias são divididas em precoces e tardias. Ambas são possíveis de tratamento, seja com tratamento e cuidados no local da estomia ou com correção cirúrgica. As complicações precoces mais comuns são: necrose parcial ou total da estomia, retração, infecção e/ou abscesso local, fístulas, sangramento ou edema da alça intestinal exteriorizada. As complicações tardias são: a estenose (estreitamento da boca do estoma), retração tardia, as fístulas, as dermatites, prolapsos e a hérnia paraestomal.

7. Como utilizar a bolsa de estomia?
A bolsa de estomia deve ser preparada para o uso medindo-se o orifício da estomia e recortando a placa fixadora da pele, de acordo com o tamanho ideal. Deve-se utilizar sempre o dispositivo indicado e nunca adaptações. O dispositivo deve ser bem fixado, impedindo o contato das fezes com a pele ao redor do estoma.

8. Quando devemos trocar o dispositivo?
A troca do dispositivo (bolsa) deverá ser efetuada quando ocorrer infiltração do conteúdo. Geralmente, a bolsa dura de três a sete dias, dependendo do sistema do dispositivo (1 peça ou 2 peças).

9. Quando o paciente estomizado poderá voltar as suas atividades normais?
O retorno às atividades normais depende, principalmente, do tipo de cirurgia realizada, da recuperação do paciente no pós-operatório e do diagnóstico primário. O período de afastamento do trabalho é determinado pelo médico.

10. Como fazer parte do Polo de Estomia para aquisição de bolsas e assistência multiprofissional?
O paciente deverá ser encaminhado ao polo de atendimento aos estomizados apresentando documento pessoal, cartão SUS, comprovante de residência, relatório médico e de enfermagem do hospital de origem. Em Guarulhos, desde 1999 contamos com o Polo de Estomia do Complexo Hospitalar Padre Bento, credenciado e oficializada pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, o polo tem o objetivo de prestar assistência aos pacientes portadores de estomia através de uma equipe formada por médicos especialistas, estomaterapeutas, nutricionistas, psicólogos e assistente social.

Dr. Wilton Schmidt Cardozo
Médico Coloproctologista | CRM 76971


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